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Este evento tem como seu ponto de partida a noção de futuro a ser pensada e problematizada a partir de distintas abordagens teóricas e metodológicas que se orientam e tomam a Amazônia e seus habitantes, humanos e não-humanos, como seu contexto político-especulativo central. Se a crise ambiental pode ser traduzida como crise das referências do imaginário do Ocidente—suas instituições, referências filosóficas, ideais políticos modernos, etc—, enfrentar o Antropoceno, bem como os riscos que impõe às condições de habitabilidade do planeta, requer formular outras ferramentas conceituais.

Estamos face a uma crise histórica, que esbate a separação entre história humana e história ambiental, e urge especular sobre a existência de outros mundos e formas outras de produzir narrativas plurais, heterogêneas, talvez contraditórias. Outras formas de narrar que se desprendam das dicotomias modernas em prol de perspectivas multiespecíficas, enriquecidas com a imaginação de outros povos. Neste cenário, as práticas de conhecimento e as filosofias indígenas, produzidas desde diferentes regiões da Amazônia, constituem-se como caminhos imprescindíveis para forjar novas alianças e desenhar caminhos possíveis para um futuro comum.

20 e 21 de julho

Universidade Católica de Lima, Peru