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Uma outra história das cidades perdidas da Amazônia: desenvolvimento e utopia no Brasil contemporâneo

Danielle Heberle ViegasMunich Centre for Global History

Nesta sessão, o conferencista propõe uma análise sobre o surgimento e o desaparecimento de cidades na Amazónia brasileira ao longo do século XX até aos dias de hoje,  tendo como pano de fundo as políticas desenvolvimentistas e o modelo de urbanização técnico-autoritária. Por um lado, será alvo de análise a forma como o discurso sobre a falência dessas cidades mobiliza alguns dos estereótipos associados à floresta tropical, como o de inferno verde e, por outro, como a sua resiliência socioambiental relativiza a própria ideia de abandono.

13 de Fevereiro, 15h00, GMT

Via Zoom: https://us02web.zoom.us/j/89836047360?pwd=bGNTUEY2bTlxREMzT1pWbFowU2ZJZz09

Meeting ID: 898 3604 7360 Passcode: 241216


Futuros possíveis: imaginação e especulação para resistir no Antropoceno
 
Prof. Dr. Renato Sztutman
(Universidade de São Paulo)
 

O foco desta apresentação é o lugar da imaginação e da especulação na
elaboração de respostas à crise instaurada pelo Antropoceno, época
geológica na qual a humanidade se tornou a força predominante, colocando em risco a integridade do planeta. Respostas que exigem pensar futuros possíveis. Por imaginação compreendo a capacidade de criar ou fabular a partir de situações vividas. Não tomo imaginação como sinônimo de fantasia, como um imaginário que se opõe ao real. Por especulação compreendo a capacidade de pensar possibilidades, elencar mundos possíveis. Trata-se de uma operação engajada em pensar o que as coisas poderiam ser, que parte de um “e se…” Não tomo especulação como um raciocínio totalmente abstrato que perde o pé dos fatos, como pura contemplação, mas como um raciocínio que se pergunta sobre o que pode se tornar real. Para perseguir essas questões, acompanharei a reflexão de diferentes autoras/es, que se situam, cada qual à sua maneira, na fronteira entre a antropologia, a filosofia, os estudos de ciência e tecnologia e a ficção (aí incluídos especialmente a literatura e o cinema). Um ponto que será especialmente iluminado é o fato de estas/es autoras/es sinalizarem uma conexão interessante entre o universo literário da ficção científica e o das narrativas mitológicas dos povos indígenas, para quem o tempo das catástrofes teria começado há muito tempo.

30 de maio, 15:00, Sala de seminários – CES Lisboa